Thursday, September 09, 2004

Passaporte, enfim!

Mais uma etapa dos preparativos cumprida! Depois de algumas indefinições, consegui finalmente dar entrada na papelada para a renovação do meu passaporte e devo estar com ele na mão na semana que vem. APLAUSOS!!

E, diga-se de passagem, foi no mínimo interessante a ida à PF: Aproveitei meu horário de almoço para ir lá; estava com um endereço que peguei na internet, porém tive a sorte de comentar com o motorista de Táxi que ia tirar passaporte. “Não, não é nesse lugar não!! É lá na ponte do Piquerí, fui levar um passageiro lá outro dia!” E assim o tiozinho gente boa me salvou da roubada de descobrir em pleno centro de SP que estava no lugar errado e teria que ir até o Piquerí.

Chegando lá descobri que os caras estão com uma estrutura de primeiro mundo para emitir passaportes. Prédio novo, ar condicionado, atendimento rápido, pouca fila, banco para pagar a taxa lá dentro... Show! Em menos de meia hora já tinha resolvido tudo e fui comer. Na lanchonete quase morri de rir com uma senhora, beeeem tiazinha mesmo, que estava do meu lado puxando papo e fazendo trocadilhos infames com a mudança de prédio da PF, pérolas do tipo:
-“Era lá perto da Tiradentes... Acho que como ‘tiraram todos os dentes’, não sobrou nenhum e tiveram que vir para cá!” RISOS!!
-“A PF era na Prestes Maia antes né? Mas se ‘Presta’ porque então ‘malham’?” GARGALHADAS!!!
Cada uma que a gente vê....

E para fechar a empreitada; na volta de táxi, louco de vontade de fumar, perguntei para o motorista se ele fumava (querendo saber se tinha problema fumar no carro dele): “Fumei por trinta anos, mas parei faz dois anos”
Resolvi deixar cigarro para depois, não ia ser muito correto de minha parte instigar a vontade do cara. Mas isso acabou rendendo um longo papo sobre cigarros que evoluiu para a história de um tio dele que tinha morrido de câncer... Aí, sei lá por que, o cara começou a contar em detalhes sobre mortes em família; do pai, avô, bisavô, bisavó, etc. A mais interessante (enquanto causo, porque não vou ficar achando morte interessante, né?!) foi a do bisavô: Segundo ele era um cara simples, amigo de todo mundo, mas que por infelicidade um dia teve um derrame; não ficou com tanta seqüela, só “meio tortinho” (sic), mas depois de um tempo teve outro derrame; aí ele ficou “bem torto mesmo” (sic de novo). Como se a desgraça fosse pouca, dali a uns meses o velhinho teve outro derrame que o levou a ficar na cama de vez; passou umas complicações e apareceram gangrenas, teve que amputar a perna, depois o braço. “Parecia que a gente estava enterrando ele aos poucos” (sic mais triste de todos...). Certo dia o pai do motorista, neto do velhinho enfermo, foi visitá-lo no leito e este lhe confidenciou que estava com uma vontade absurda de encarar uma feijoada mas ninguém queria deixá-lo comer. Sensibilizado, o pai não titubeou, foi no restaurante mais próximo, providenciou uma bela feijoada completa e levou pro avô que se esbaldou saciando toda sua vontade.
Resultado: o velhinho morreu naquela noite... Obviamente, partiu muito feliz com sua última refeição, mas até hoje a família culpa o Milton (Pai do taxista) pela morte do avô!
Cada uma que a gente ouve....

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